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Oliveira Campos Consultoria

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01/03/2021

Como Abrir Uma Empresa Com Até R$ 50.000,00

Entrevista Publicada no Programa Pequenas Empresas Grandes Negócios (TV Globo) em 29/10/2006.

A baiana Mirian de Almeida investiu R$ 30 mil para montar uma fábrica de pãezinhos de parmesão. Nos últimos dez meses, o faturamento da empresa quadruplicou.

A empresária Renata Tomé largou o emprego para montar o próprio negócio. O investimento foi de R$ 50 mil. Ela trabalhou durante 15 anos em várias empresas, como gerente de vendas. Mas, há dois meses, decidiu realizar o sonho de montar o próprio negócio. Junto com o marido, Vladimir Cavarvan, abriu a loja de artigos orientais.
“Eu me identifico muito com a cultura indiana, os objetos, tem muita coisa feita a mão”, justifica.

O primeiro passo foi achar um bom ponto comercial. Renata escolheu uma rua com lugar para estacionar, num bairro de bom poder aquisitivo. Com o dinheiro, reformou o espaço e reuniu peças variadas, mas com poucos itens de cada uma.

“Eu não tenho como ter um investimento muito alto e não quero ter estoque, para ter sempre coisa nova. Eu mudo de vitrine duas vezes por semana”, conta.

O consultor Sebastião de Oliveira dá uma dica para o investimento render mais. Antes de abrir a loja, é preciso negociar preços e prazos com os fornecedores.

“O fundamental é que você consiga tirar o máximo possível do capital de giro. Como é que você faz isso: trabalhando melhor a negociação com seus clientes para reduzir o prazo de recebimento e, ao mesmo tempo, alongar os prazos de pagamento. Quanto mais você conseguir que o prazo de pagamento dos seus fornecedores seja maior e quanto mais você conseguir receber à vista, naturalmente tanto melhor”, ensina.

Durante vários meses, a empresária visitou feiras de negócios para achar os fornecedores da loja. Além de procurar produtos com custo acessível, ela buscou se diferenciar do comércio local. Renata escolheu com cuidado pratarias, bijuterias, essências, luminárias e enfeites em geral.

A empresária também apostou no atendimento para conquistar os clientes. Ela leva em média 30 minutos para realizar cada venda. Renata está orgulhosa do novo negócio. Em dois meses de funcionamento, já vendeu para mais de 200 clientes.

“Aqui você descobre um monte de novidades e fica difícil sair, porque ela está sempre mostrando outra coisa, relacionando um produto que você vê, uma cor, uma textura. Enfim, é uma loja que encanta”, garante o cliente Otávio Rodrigues.

Já a baiana Mirian de Almeida foi para São Paulo há 11 anos. O objetivo dela era montar um negócio próprio. Há três anos e meio, ela decidiu abrir uma fábrica de pãezinhos de parmesão. O produto é típico da Bahia e a receita é segredo de família!

“Eu não vou contar. É uma receita que veio da minha mãe e ela me ensinou. Fiz algumas adaptações e ela é bem especial”, afirma.

A empresária investiu R$ 30 mil no negócio. Ela reformou o espaço de 80 m², comprou forno elétrico, batedeira industrial, fogão, geladeira e utensílios de cozinha.

No começo, não foi fácil. A empresária não conseguia vender os pãezinhos. Ela fez dezenas de visitas, contatos telefônicos e mandou e-mails para supermercados e bufês.

“Você precisa mostrar, apresentar, divulgar, levar amostra, tentar novamente. Enfim, esse é um trabalho que dura realmente bastante tempo”, alerta.

Depois de dois anos de insistência, os lucros começaram a chegar. Mirian fechou um contrato com um grande supermercado, ganhou credibilidade e logo conquistou mais clientes. O negócio cresceu e surpreendeu até a empresária.

Para se ter uma ideia, nos últimos dez meses, o faturamento da empresa quadruplicou. O espaço ficou pequeno e a empresária organizou três turnos de trabalho. Hoje, são produzidos dez mil pãezinhos por dia.

Mas, segundo Miriam, isso é só o começo. Ela lançou 35 sabores do pãozinho, entre eles, cenoura, espinafre, beterraba e tomate seco. Os produtos fazem sucesso e ela mal dá conta de atender a tantos pedidos. Agora a empresária vai alugar um novo espaço para aumentar a produção.

“O planejamento agora é de cinco anos! No mínimo, a gente tem que dobrar o que existe hoje”, espera.

Um dos clientes de Mirian é a empresária Terezinha Brunetti, que compra dois mil pães por mês. Ela organiza eventos para empresas e garante: os consumidores adoram o produto.

“Os pãezinhos são realmente um sucesso em qualquer tipo de café da manhã, congressos. Chegamos até a adquirir novos clientes por causa dos pãezinhos”, revela.

Maria José Monteiro Chaib, que é gerente de eventos, degusta e aprova a delícia.

“Melhor impossível. Eu gosto muito de tomate seco, cenoura, beterraba. É um prato cheio”, se delicia.