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Oliveira Campos Consultoria

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01/03/2021

5 Dicas para Preservar sua Empresa

Em um cenário político-econômico como o atual, é fácil se deixar contaminar pelas informações negativas, e sair cortando tudo que pareça ser despesa desnecessária. Em mais de 16 anos como consultor, esta não é a primeira vez que vejo uma situação como esta. Infelizmente, também não deve ser a última que veremos os grandes malefícios que este comportamento traz às organizações: descontinuidade de projetos importantes, perda de oportunidades que vitais para a empresa no futuro próximo.

Reagir emocionalmente a situações de perigo é natural ao ser humano. Levar isso para o mundo dos negócios, no entanto, pode ser muito perigoso. A seguir, trazemos 5 dicas para os líderes que desejam preservar sua empresa.

1. Mude o discurso derrotista

A mente humana tem um certo fascínio pelo drama e pela tragédia. A maioria das pessoas adora saber todos os detalhes da última chacina. Muitos se deliciam com os horrores de cada novo assalto. No mundo corporativo não é diferente. Notícias sobre a crises econômicas são muito mais lidas do que os relatos de um novo empresário que teve uma grande ideia e está ganhando dinheiro com ela.

Em coaching, sabemos que aquilo que lemos define muito o que pensamos. O que pensamos leva ao que fazemos. O que fazemos, define os resultados que teremos. Portanto, que tal começarmos ajustando o que está em nossa cabeça? Rever nosso discurso, impede que fiquemos propagando notícias catastróficas e ajuda a disseminar um clima propenso a construir soluções.

2. Vá para a linha de frente

Um ditado comum apregoa que “quem deseja água limpa, deve ir à fonte”. Na administração de um negócio não é diferente. Para saber em que concentrar seus esforços ou onde eliminar despesas é fundamental ter uma noção clara do que está acontecendo na organização, ou no mercado.

Acontece que a maioria dos administradores costuma se distanciar da operação na medida em que sua empresa ou sua equipe cresce. Se ele é um diretor de vendas, passa a ir a campo cada vez menos. Se é o dono de uma empresa, poucas vezes vai à linha de produção, pois tem que falar com os advogados. Assim, cada vez mais vão conhecendo a realidade mediante os números frios dos relatórios e não pelo contato com a realidade em si.

Mais do que nunca este é um período para terceirizar a burocracia e tomar pé da situação real. Conversar com os clientes ou com os colaboradores da fábrica é um hábito que não deveria ter sido perdido. Se foi, este é um momento fundamental para readquiri-lo.

3. Aproveite para realizar mudanças profundas que estavam paralisadas

Em situações de tranquilidade, é comum termos dificuldade para implantarmos ações de alto impacto sobre o futuro da empresa. Muitas vezes estes projetos mexem com direitos adquiridos de grupos ou de pessoas, ou alteram as relações de poder na organização. Por isso sua implantação se arrasta, o consenso sobre seu início nunca acontece e os mesmos nunca saem do papel.

Momentos de dificuldade trazem o que costumamos chamar de “inimigo comum” para os grupos. Sabendo que todos podem perder muito se nenhuma mudança importante for feita, é comum as pessoas apoiarem projetos aos quais resistiam ferozmente até pouco tempo atrás. Assim, este pode ser o momento ideal para descontinuar uma antiga e bem sucedida linha de produtos, mas que não gera as margens de resultado necessárias. Ou para fechar uma unidade de produção que tem um apelo apenas emocional, mas que não está alinhada à nova missão da empresa.

4. Defina prioridades claras

O dia a dia de qualquer executivo é tomado por milhões de tarefas que precisam ser feitas. Infelizmente, no ímpeto de tentar realizar todas elas é comum que os líderes se esqueçam de fazer três perguntas básicas:

  1. Quais dessas tarefas são de fato críticas para se alcançar os resultados (individuais, da área ou da organização)?
  2. Quais são apenas importantes
  3. Quais são irrelevantes?

Se pudéssemos fazer uma analogia com uma viagem aos Estados Unidos, é como se um turista planejasse em detalhes o local de sua hospedagem, as passagens, as roupas de frio, etc., mas esquecesse de observar que seu passaporte está com a data de validade vencida! É fácil perceber que ele não vai conseguir viajar.

Nas organizações, realizar estas perguntas todos os dias pode, simplesmente, fazer com que você aumente significativamente suas chances de sucesso. Ou, pelo menos, reduza o tempo perdido em inúmeras atividades que não trarão benefício algum.

5. Capacite as pessoas

Em momentos de crise é comum ver os gerentes ficarem uma noite sem dormir, elaborarem uma lista de ações e, no primeiro horário do dia seguinte, passarem as mesmas para seus subordinados. Nossa experiência em processos de mudanças comprova: mais de 50% destas iniciativas nunca são colocadas em prática como previsto.

Em geral, três razões são mais importantes para isso:

  1. Pela forma apressada como as informações são transmitidas, as pessoas têm dificuldade de entender o que precisa ser feito;
  2. Quando entendem, elas simplesmente não conseguem ver o sentido no que está sendo realizado e
  3. Às vezes elas não sabem mesmo como colocar em prática o que foi definido.

Contrariando o senso comum, mesmo em momentos de dificuldade é fundamental que os gestores invistam tempo na preparação de seu time. O que em um primeiro instante pode parecer uma grande perda de tempo, rapidamente, vai retornar como um dos melhores investimentos realizados. Não se criam soluções mágicas de uma hora para outra. Não se faz mudanças significativas apesar das pessoas, mas juntamente com elas.