Iniciar um escritório de advocacia não é tarefa fácil. Fazê-lo crescer de modo sustentável, no entanto, parece ser um desafio ainda maior para a maioria dos empreendedores. Estimativas do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontam que algo em torno de 30% das empresas recém-abertas fecham suas portas em até 2 anos. Não há estatísticas seguras para o mercado jurídico, mas tudo leva a crer que os números não devem ser muito diferentes.
Tanto nossa experiência no setor como as estatísticas oficiais apontam a falta de instrumentos de gestão e planejamento como um dos motivos mais importantes para esta mortalidade.
Mas, afinal, como o planejamento pode ser decisivo para o crescimento de seu escritório?
Quando falamos em planejamento, todos concordam que ele é importante. Poucos, no entanto, têm clareza de quais problemas ele pode evitar. Menos ainda sabem como realizá-lo. A seguir, vamos explicitar três benefícios que ele pode trazer para seu escritório.
Reduzir a insegurança financeira. A maioria dos escritórios de advocacia de pequeno e médio porte administra suas finanças de modo muito simples, a partir do fluxo de caixa. Para seus sócios, o raciocínio se resume a: “se não temos caixa, não gastamos”. Se há dinheiro “sobrando”, vamos retirá-lo, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã.
O problema com este pensamento é que ele direciona nossa visão para o curtíssimo prazo (a maioria dos fluxos de caixa permite enxergar até 15 dias à frente), além de mostrar apenas uma única variável de análise: os recursos em conta. Mas, como ficam as respostas para perguntas como:
Se em seu escritório estas perguntas parecem uma conversa de grego ou algo impossível de se saber, é hora de começar a planejar. Um bom planejamento financeiro pode garantir maiores retornos ao escritório, aumentar a previsibilidade de seu negócio e garantir a tranquilidade que você precisa para se concentrar no que realmente importa: a qualidade dos trabalhos e a satisfação de seus clientes.
Maior harmonia entre sócios
Na maioria dos escritórios que conhecemos, grande parte da energia dos sócios é despendida em questões referentes à gestão, que nunca foram discutidas apropriadamente. Veja se os itens a seguir lhe soam familiar:
Estas questões parecem muito importantes e nossos clientes têm grande ansiedade de saná-las. Tão logo iniciamos o planejamento estratégico do escritório, no entanto, os sócios percebem que elas só podem ser respondidas adequadamente quando há um consenso profundo entre os mesmos sobre questões essenciais como:
Quando o planejamento estratégico não existe, facilmente estas discussões tomam um caráter pessoal. Os ânimos se acirram, o relacionamento entre os sócios se deteriora e muitas vezes tem-se o rompimento da sociedade.
Maior motivação entre os colaboradores. São frequentes as queixas dos gestores sobre o comprometimento das pessoas que atuam nos escritórios.
Em geral, diz-se que muitos deles trabalham o mínimo necessário para manterem o emprego, não veem a hora do expediente acabar para irem embora, e que muitos trocam o escritório por qualquer nova oportunidade que lhes acenem com dez por cento de aumento na remuneração.
Estudos mostram que para os bons profissionais a possibilidade de crescimento na carreira é um dos fatores motivacionais mais importantes. No entanto, como um escritório de advocacia pode acenar a seus colaboradores com esta perspectiva se o mesmo não possui um plano claro de expansão? Ao envolver seus colaboradores no planejamento estratégico da firma, observam-se inúmeros ganhos relacionados ao moral e à produtividade das pessoas, entre os quais destacamos:
Por fim, não queremos apresentar o planejamento como uma panaceia para todas as dificuldades de seu escritório. Nossa experiência mostra, no entanto, que ao realizá-lo adequadamente você pode aproveitar ao máximo os recursos da firma: o tempo e a energia das pessoas, os valores financeiros disponíveis, entre outros. Isso está longe de ser pouco. Planejar pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso da firma. Que tal começar agora?